Joceli Drummond

Este texto procura demonstrar a importância da autoestima, não somente para as pessoas, como também para os resultados organizacionais. Alguns estudos e pesquisas sobre o tema foram as fontes para a escrita deste  texto.

A autoestima é uma avaliação que o indivíduo efetua em relação a si mesmo. Esta avaliação repercute nas relações que se estabelece com as outras pessoas. Como a avaliação pode ser uma aprovação ou reprovação sobre si mesmo, ela facilita ou dificulta a integração em um grupo de trabalho pois, a autoestima seexpressa pelas ações e sentimentos do indivíduo na relação as outras pessoas.A autoestima impacta na sinergia que se constrói nas relações para buscar resultados, (Dolan, 2006e Nurullah, 2010).Podemos concluir estas afirmações com a pesquisa de Asakawa (2010) que afirma que a capacidade de ter empatia é mais propicio às pessoas que tem maior autoestima e, são menores a ansiedadee o medo de se relacionar.

A autoestima também auxilia o indivíduo a solucionar os problemas e desafios sem stresspois, há confiança em buscar alcançar os objetivos lidando com os imprevistos da vida. Dolan (2006).

Csikszentmihalyi (1990, 2002)afirma que pessoas com alta autoestima tende a desenvolver a autoeficácia, há abertura para a experiência, hátolerância quanto à ambiguidade para correr riscos. São pessoas mais propicias a assumir responsabilidades sobre seus próprios atos e reconhecer as consequências que as suas ações ocasionam, seja no mundo corporativo, seja no mundo social.

Laneiro (2011) conclui em sua pesquisa que pessoas com autoestima elevada tende a ter maior criatividade e apresentaredução do stress, facilitandodesta forma aflorar o própriotalento para obter a produtividadepessoal.

Para Kets de Vries (2001, 2004 e 2012) o trabalho pode ser uma âncora para a saúde e o bem-estar psicológico das pessoas,o trabalho pode e deve desenvolver a autoestima, a identidade social e a relacional. O clima organizacional, especialmente os lideres,são ideais para ajudar os seus participantes a lidar com o stress, bem como aumentar o bem-estar das pessoas e a própria autoestima. Lembrando que as pesquisas demonstram que quando o clima é positivo dentro da organização, aumenta o comprometimento dos profissionais e melhora os resultados. (Rego e Souto 2004, Drummond 2015). Uma das características de um trabalho em que os indivíduos se sentem engajados, é o reconhecimento de cada pessoa envolvida para o resultado esperado pela organização, este fator potencializa a autoestima dos profissionais que por sua vez realimenta o engajamento e a busca de melhores resultados.

Quanto a questão do desempenho individual, a autoestima determina a peak performance (picos de performance), peak experience e flow. O conceito estudado de fluxo (flow) de Csikszentmihalyi (1990, 2002)demonstram que quando os profissionais se sentem em harmonia, realizam a tarefa pois provoca que se sinta uma experiência de desafio como uma experiência positiva. O desafio neste estado é um agente provocador de experiência gratificante. O indivíduo reconhece que a capacidade profissional é adequada à tarefa realizada. Esta sensação positiva e gratificante e faz com que a sensação do tempo pareça distorcida e a experiência em si seja tão gratificante que as pessoas estão dispostas a realizá-la, sem a necessidade das recompensas exteriores. São as atividades que se debruça sobre horas e estas parecem

A peak performance é o pico em que o profissional tem um desempenho excepcionalmente elevado, acima do usual para este indivíduo. A peak experience faz parte da alegria de conseguir chegar ao término de uma tarefa orgulhoso de ter conseguido.

Concluindo a auto estima é importante não só para as pessoas, mas também para que as organizações estimulem para que os resultados sejam de alta performance.