Estudo faz um panorama ambiental, indígena e ribeirinho nas principais plataformas de redes sociais
A Diretoria de Análises de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP) lançou um Relatório recente em que mapeou o debate nas redes sociais sobre pautas indígenas e relativas aos povos tradicionais mais amplamente, sob uma perspectiva multiplataforma. O Projeto Narrativas Ancestrais coletou mais de nove milhões de postagens do debate no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube conjuntamente.
O documento apresenta, ainda, um estudo de caso sobre o inquérito aberto a pedido da Funai contra a ativista Sônia Guajajara. Essa análise teve o objetivo de montar um quadro mais amplo dos atores e das coalizões que se engajam e mobilizam o debate sobre indígenas na plataforma.
De acordo com o levantamento, o Facebook se destaca como a principal rede em que as organizações ambientais e indigenistas obtiveram a maior influência no debate, sobrepondo-se a perfis individuais de ativistas e até mesmo a figuras da política institucional. Já o Instagram foi a rede em que predominaram as publicações feitas por celebridades. De atuação menos constante no debate, elas são importantes para expandir o alcance de campanhas para públicos que não participaram tão ativamente das discussões. A questão indígena obteve especial atenção, principalmente em campanhas que se articularam em diálogo com a preservação ambiental.
O Twitter, também monitorado pelo Projeto Narrativas Ancestrais, é marcado pela presença de ativistas ambientais e indígenas. Nesta plataforma, se destaca a formação de um conjunto de lideranças, especialmente ligadas à causa indígena com a presença de jovens que se articulam em questões políticas, campanhas e, também, mobilizam temas ligados às culturas tradicionais.
O estudo foi realizado em parceria com a Amoreira Comunicação e pode ser acessado na íntegra no site.